domingo, 4 de abril de 2010

Ninguém quis


Ninguém viu a rua tão vazia.
Ninguém viu beleza nas catedrais.
Ninguém viu a lua tão sozinha.
Ninguém riu dos homens teatrais.

Ninguém quis saber onde se esconde.
Ninguém quis saber onde é a fonte.

Ninguém viu a graça da sua dança.
Ninguém viu ao redor a malicia.
Ninguém viu teu choro de criança
Ninguém riu da falta de caricia.

Ninguém quis saber de um horizonte.
Ninguém quis saber se alguém tem fome.

Ninguém quis saber quão é mais longe.
Ninguém quis saber onde é a fonte.

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