sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia de dois



I

Dia de dois
Dia dos dois
Dia da gente
e de gente.

Dia de troca
Dia da troca
Dia do indecente
e do decente

Dia de verdade
Dia da verdade
Dia da vaidade
e saudade

Dia de nós
Dia dos nós
Dia de dar
e receber

II

Um dia impar para se pensar junto
Para olhar para frente e tocar em frente
Mas sem esquecer os acertos
Mesmo indo contra o senso comum de alguns

Um dia pra tocar alguem e chamar de teu.
E dar-lhe aquele abraço apertado
E então, entregar-lhe a alma.
E ir contra a resistência da maré da dor

Um dia para atravéz da janela da vida
Respirar intensamente o sopro da cumplicidade
E sentir aquele ar colorido limpar os pulmões
judiados das palavras monocromáticas que insistem em sair

Um dia para ouvir sua melhor música
e senti-la tomar suas veias, de forma tão intensa
Que todo som brutal e doloroso em forma de palavra
se dissolverá em uníssono...

Um dia para acreditar,
que dessa vez, possa ser para sempre
Que poderemos fazer certo
e que será diferente
e melhor, a cada vez mais.

III

"...Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo..."

2 comentários:

Anônimo disse...

E me enche os pulmões de um sentimento rubro; Um não-sei-o-quê, que me faz muito bem... Luv ya

Bete Feitosa disse...

cão, qro seguir vc, mas nem sei fazer isso aki